O seu beijo e o seu sexo,
melhores que outrora,
fizeram-me, como mágico,
transpor as barreiras do medo,
os entraves da dor
e os óbices do orgulho,
e num mergulho à paixão,
afoguei-me no desejo incontrolável
de amá-la mais uma vez.
Na água morna, quase caliente, da banheira,
vi-a sereia entre espumas
e nos jatos da hidromassagem acariciei o meu santo ego,
como espécime irresistível e em extinção.
Chorei ao lembrar que não fui capaz de lapidar,
com todas as palavras do meu vocabulário,
a escultura que você sempre foi.
Então, sorri...
desbotadamente,
inconsequentemente,
levianamente
e inconscientemente,
ao sentir sua maturidade forjada com fios de orgulho e mágoa
esticados ao limite, entre dentes afiados.
E veio o sexo, complexo,
anexos os corpos, só restou o prazer.
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